quinta-feira, setembro 22, 2005

Viadutos demolidos no IC24


Cerca de uma dezena de passagens superiores, que cruzam o IC24 nos concelhos da Maia e Matosinhos, estão a ser demolidas, devido às obras de alargamento daquela via e substituídas por novos viadutos, que deverão custar cerca de quatro milhões de euros, sem contabilizar os acessos às obras de arte, que também estão a ser corrigidos.Uma situação caricata, cujas origens remontam à década de 90. Nessa altura, segundo um técnico da Brisa contactado pelo JN, o alargamento do IC24 de uma para duas faixas em cada sentido fez-se em período de menor desafogo financeiro. Para diminuir os custos, construiram-se os encontros dos viadutos (ponto onde assentam no terreno) demasiado próximos da faixa de rodagem. Com 50 mil veículos a passar diariamente naquela via rápida, concluiu-se que era necessário um novo alargamento, agora de duas para três faixas em cada sentido. E desde logo tornou-se evidente que quase todas as passagens superiores teriam de ser demolidas e substituídas.Ao que o JN apurou, uma passagem superior (sem incluir os respectivos acessos) custa, a preços actuais, entre 350 e 400 mil euros (70 e 80 mil contos). O que significa que o alargamento implica gastar mais quatro milhões de euros só em viadutos. Uma passagem superior, localizada perto do nó da Lipor, foi aliás demolida sem que alguma vez tenha sido utilizada. O próprio construtor, o grupo Mota-Engil, refere que a empreitada "exige a execução de um elevado número de muros de contenção (28), bem como a demolição e construção de uma grande quantidade de passagens superiores e inferiores (46 no total)".A obra tem uma extensão de 14,252 quilómetros, desenvolvendo-se desde o nó de Perafita - ligação à A28/IC1 - até ao nó de Alfena. Nesse local começa o lanço Alfena/Nó da Ermida da SCUT do Grande Porto. Os trabalhos foram adjudicada por 45,5 milhões de euros e o prazo de execução é de 22 meses. Um outro exemplo actual da necessidade de demolir viadutos é a obra de alargamento da A1, entre Gaia e a Feira. Naquele troço vão ser substituídas - até Agosto de 2006 - 10 passagens superiores. A diferença é que a auto-estrada entrou ao serviço há mais de 20 anos.

j. paulo coutinho

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