terça-feira, maio 22, 2007

O diagnóstico do Dr. Moore está a ser investigado nos EUA

20.05.2007, Vasco Câmara, em Cannes:

Michael Moore mostrou em Cannes o seu novo documentário, Sicko - entre "sick" e "psycho". É uma viagem pelos sistemas de saúde, incluíndo o de Cuba. E por isso, os americanos querem fazer perguntas. Como é que Moore chegou a Havana? Violou o embargo? Vai pagar multa ou ser preso?Há dez dias Michael Moore recebeu uma notificação do governo americano informando-o dos seus direitos: está sob investigação.Até terça-feira tem que responder perante o Departamento de Tesouro americano. Questão fundamental que tem de explicar: como é que viajou até Cuba, durante a rodagem do seu novo documentário, Sicko, violando o embargo imposto pelos EUA que proíbe, sem autorização expressa, o fluxo de pessoas e bens para a ilha de Fidel.Espera-o então uma "tempestade" nos EUA, na próxima semana, reconhece. Pode enfrentar uma "multa ou uma pena de prisão". Podem-lhe ("mas nem sequer pensei sobre isso") impedir a estreia do filme nos EUA, marcada para 29 de Junho. Aliás, antes que a Administração americana tivesse ideias, Moore e os produtores colocaram a salvo algures na Europa uma cópia de Sicko, caso o filme fosse apreendido antes da exibição, ontem, no Festival de Cannes."Não são coisas que encare de ânimo leve, acreditem", disse, solene, perante uma sala de conferência de imprensa a abarrotar. Uma sala onde se viam jornalistas a levar as mãos aos dentes. Não eram dores, mas era uma memória dolorosa. Eram americanos a explicar aos colegas europeus como uma simples reconstituição dental custa mais de mil dólares nos EUA. Europeus acenavam que sim, também tinham histórias para contar sobre hospitais americanos. Certamente nada comparável às que são contadas em Sicko.Aquela do homem que cortou a cabeça de dois dedos numa serra eléctrica e que teve de escolher, por imposição da seguradora, qual delas é que queria ver reconstituída - só tinha direito a cobertura para um dedo.Ou a da rapariga que teve um acidente de carro e quando recuperou a consciência no hospital percebeu que a seguradora não lhe ia pagar nada porque ela não lhes comunicara antecipadamente que precisava de ser socorrida. "Como é que queriam que eu fizesse? Imediatamente antes de desmaiar?"Ou ainda o caso da mulher de 22 anos que teve um cancro mas não teve ajuda da seguradora para os tratamentos porque aos 22 anos não é normal ter-se cancro - quer dizer, é um luxo.No sistema de saúde americano, explica Moore, não há intervenção do Estado e os doentes são um estorvo para empresas privadas, as seguradoras. Que tratam não de doentes mas da maximização dos lucros. "Isso não é moral, isso não pode acontecer numa sociedade de hoje, não pode acontecer no país mais rico do mundo", diz o realizador. E faz de Sicko - de "sick", um sistema de saúde para tratar doentes, a "psycho", um labirinto de paranóia - uma viagem por um mundo cor-de-rosa. O "nosso", dos não "born in the USA".O Canadá ou Europa, por exemplo, onde o realizador - e isto é mesmo para americano ver - pinta uma situação ideal, onde todos, nacionais e estrangeiros, estão no céu com o Estado. Não devemos esquecer que Moore filma para a América dos multiplexes, não quer que ninguém se aborreça na sala de cinema. E quer que o mundo seja compreendido, nem que para isso tenha que ser simplificado. "É claro que sou eu, americano, a olhar. Vocês podem ter muitas queixas a fazer sobre o sistema de saúde dos vossos países. Mas algum de vocês trocaria o sistema de saúde do vosso país pelo americano?" "Não", disseram vários.Novo espíritoMas não é Paris, nem é o Canadá que preocupam o departamento de Tesouro americano. É Cuba. Antes de aí chegar, Michael Moore pegou num grupo de pessoas com doenças respiratórias devido à exposição a resíduos tóxicos quando limpavam o Ground Zero de Manhattan. Queria levá-las à base americana de Guantánamo. Porquê? Queria provar que "até a Al-Qaeda" tinha melhores condições de saúde do que os americanos - imagine-se, do que os "heróis" americanos do 11 de Setembro.Largou de barco de Miami, não conseguiu entrar na prisão de Guantánamo. Mas Havana era ali ao lado. "Eu sou americano, a América é um país livre, posso ir onde quiser." E foi. E o seus doentes, que há anos se sentem derrotados nos labirintos do sistema de saúde americano, encontraram tratamento de borla. E a solidariedade dos bombeiros cubanos para com os bombeiros americanos heróis do 11 de Setembro. Houve um abraço entre os que pertencem a nações inimigas. As maleitas foram controladas. Imagine-se, num país comunista.A demagogia é reconhecível. E também a eficácia (várias vezes a sala do Palais des Festivals aplaudiu durante a projecção de Sicko). Ele é daqueles que acredita que demasiadas subtilezas dificultam o efeito de reconhecimento. Mas está diferente.Não aparece, por exemplo, a encurralar empresários ou congressistas, a estabelecer as suas próprias regras para um combate que os seus opositores não conhecem (os seus métodos foram muito criticados nos últimos anos, depois da Palma de Ouro de Cannes a Fahrenheit 9/11). Moore vira-se aqui para os americanos e devolve-lhes a bola. "Quis fazer uma coisa diferente. Não quero ser aquele Michael Moore que "bate" no congressista. Não quero ser eu a fazer as coisas, quero que sejam os americanos a levantarem-se e a fazer as coisas" - aliás, ele pergunta e deixa que respondam no filme: porque é que os franceses se manifestam tanto ("em França o governo tem medo do povo") e nos EUA isso não acontece ("os americanos têm medo do governo")?"Estive discreto a fazer este filme, há dois anos e meio que não apareço na televisão americana. Estou cansado de gritar e não chegar a lado nenhum. Este filme tem um espírito diferente, por isso disse à direcção do festival que não queria estar em competição. Já ganhei uma Palma de Ouro, será que quero outra? Não, pelo menos não por este filme, não é esse o espírito."E como podia ser considerado hipocrisia fazer um filme sobre a saúde e tratar o corpo da forma como trata, Michael Moore começou a andar muito mais à volta do quarteirão. "E a comer essas coisas, frutas e legumes." Diz que emagreceu. Não é gritante. Daqui a uns anos, quando estiver em Cannes com outro filme, vamos ver uma delgada silhueta a avançar e dizer "I want my Palme d"Or"? Achamos que o próprio Michael Moore tem dúvidas. O que é certo é que na próxima semana vai haver "tempestade".


sexta-feira, maio 11, 2007

O PROFESSOR QUE SÓCRATES NÃO CONHECIA, NÃO CONHECEU NEM QUER OUVIR FALAR

O PROFESSOR QUE SÓCRATES NÃO CONHECIA, NÃO CONHECEU NEM QUER OUVIR FALAR

CHAMA –SE ANTÓNIO JOSÉ MORAIS E É ENGENHEIRO A SÉRIO ; DAQUELES RECONHECIDOS PELA ORDEM (não é uma espécie de Engenheiro, como diria Gato Fedorento ) .

O António José Morais é primo em primeiro grau da Dr.ª Edite Estrela. É um transmontano tal como a prima que também é uma grande amiga do Eng.º Sócrates . Também é amigo de outro transmontano, licenciado também pela INDEPENDENTE - o DR. Armando Vara - antigo caixa da Caixa Geral de Depósitos e actualmente Administrador da Caixa Geral de Depósitos, grande amigo do Eng.º Sócrates e da Dr.ª Edite Estrela.

O Eng. Morais trabalhou no prestigiado LNEC ( Laboratório Nacional de Engenharia Civil) , só que devido ao seu elevado empreendedorismo canalizava trabalhos destinados ao LNEC, para uma empresa em que era parte interessada.
Um dia foi convidado a sair pela infeliz conduta .

Trabalhou para outras empresas entre as quais a HIDROPROJECTO e pelas mesmas razões foi convidado a sair.

Nesta sua fase de consultor de reconhecido mérito trabalhou para a Câmara da Covilhã aonde vendeu serviços requisitados pelo técnico Eng. Sócrates.

Daí nasce uma amizade.

É desta amizade entre o Eng. da Covilhã e o Eng. Consultor que se dá a apresentação do Eng. Sócrates à Dr.ª Edite Estrela , proeminente deputada e dirigente do Partido Socialista.

E assim começa a fulgurante ascensão do Eng. Sócrates no Partido Socialista de Lisboa apadrinhada pela famosa Dr.ª Edite Estrela , ainda hoje um vulto extremamente influente no núcleo duro do líder socialista.

À ambição legitima do politico Sócrates era importante acrescentar a licenciatura.

Assim o Eng. Morais , já professor do prestigiado ISEL ( Instituto Superior de Engenharia de Lisboa ) passa a contar naquela Universidade com um prestigiado aluno – José Sócrates Pinto de Sousa , bacharel .

O Eng. Morais demasiado envolvido noutros projectos faltava amiúdes vezes ás aulas e naturalmente foi convidado a sair daquela docência.

Homem de grande espírito de iniciativa , rapidamente colocou-se na Universidade Independente .

Aí o seu amigo bacharel José Sócrates, imensamente absorvido na politica e na governação seguiu – o “ porque era a escola ,mais perto do ISEL que encontrou “.

E assim se licenciou , tendo como professor da maioria das cadeiras (logo quatro) o desconhecido mas exigente Eng. Morais . E ultrapassando todas as dificuldades , conseguindo ser ao mesmo tempo Secretário de Estado e trabalhador estudante licencia-se , e passa a ser Engenheiro, á revelia da maçadora Ordem dos Engenheiros, que segundo consta é quem diz quem é Engenheiro ou não, sobrepondo – se completamento ao Ministério que tutela o ensino superior.

(Diga-se que esta circunstância não faz nenhum sentido; se é a Ordem que determina quem tem aptidão para ser Engenheiro devia ser a Ordem a aprovar os Cursos de Engenharia . Vai daí o Ministério da Ciência e ensino supeior decidiu que os cursos deveriam ser homologados por uma entidade independente às associações de classe e ordens porque actualmente o sistema é "esquizofrénico")

Eis que licenciado o governante há que retribuir o esforço do HIPER MEGA PROFESSOR, que com o sacrifício do seu próprio descanso deve ter dado aulas e orientado o aluno a horas fora de normal , já que a ocupação de Secretário de Estado é normalmente absorvente .

E ASSIM FOI:

O amigo Vara , também secretário da Administração Interna coloca o Eng. Morais como Director Geral no GEPI , um organismo daquele Ministério.
O Eng. Morais, um homem cheio de iniciativa , teve que ser demitido devido a adjudicações de obras não muito consonantes com a lei e outras trapalhadas na Fundação de Prevenção e Segurança fundada pelo Secretário de Estado Vara .
( lembram - se que foi por causa dessa famigerada Fundação que o Eng. Guterres foi obrigado a demitir o já ministro Vara (pressões do Presidente Sampaio ) , o que levou ao corte de relações do DR. Vara com o DR. Sampaio – consta – se até que o DR. Vara nutre pelo ex Presidente um ódio de estimação.

O Eng. Guterres farto que estava do Partido Socialista aproveita a derrota nas autárquicas e dá uma bofetada de luva branca no Partido Socialista e manda-os todos para o desemprego.

Segue-se o DR. Durão Barroso e o DR. Santana Lopes que não se distinguem em praticamente nada de positivo e assim volta o Partido Socialista comandado pelo Eng. Sócrates E GANHA AS ELEIÇÕES COM MAIORIA ABSOLUTA.
Eis que, amigo do seu amigo é , e vamos dar mais uma oportunidade ao Morais , que o tipo não é para brincadeiras.

E o Eng. Morais é nomeado Presidente do Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Justiça .

O Eng. Morais homem sensível e de coração grande , tomba de amores por uma cidadã brasileira que era empregada num restaurante no Centro Comercial Colombo.

E como a paixão obnubila a mente e trai a razão nomeia a “brasuca “ Directora de Logística dum organismo por ele tutelado a ganhar 1600 € por mês. Claro que ia dar chatice, porque as habilitações literárias (outra vez as malfadadas habilitações ) da pequena começaram a ser questionadas pelo pessoal que por lá circulava.
Daí a ser publicado no “ 24 HORAS” foi um ápice.
E ASSIM lá foi o apaixonado Eng. Morais despedido outra vez.

Quando se começou a levantar uma aura de mistério sobre as habilitações do Engenheiro Civil ou Engenheiro Técnico e descobriu onde o Primeiro Ministro tirou a licenciatura, o Ministro da Ciência e Ensino Superior conseguiu acabar com o Estatuto de utilidade Pública que fundamenta a continuidade da Independente como Universidade sem nunca ter tido condições materiais para cumprir condignamente a sua missão, mas continuando.

TIREM AS VOSSAS CONCLUSÕES